(ou A evolução das espécies)
(ou Poema clichê para as mentes híbridas)
Quero casar o cavalo marinho e a lua
O passarinho e a flor
Julio César e a Cinderela
Quero casar o universo e o finito
O peixe-boi e a vaca
João Ninguém e Maria-Vai-Com-As-Outras
Quero casar o vilão e a mocinha
O elefante e a formiga
O presidente e a embaixatriz
Quero que o urubu entre de branco na igreja
E que a pomba branca seja sua noiva
(quero que ela entre de fraque preto)
Quero que o padre depois se case com a freira
E que a lua-de-mel seja em Havana
Quero parnasianos com modernistas
Norte-Americanos com Iraquianos
O pólo positivo com outro pólo positivo
Quero o casar com a adição
O óleo e a água
O céu e o mar
Quero que Romeu e Julieta tenham um casal de gêmeos
Quero que a leoa seja o sétimo casamento do tigre-de-bengala
Por fim, quero casar o homem com Elemesmo
Quero um mundo fértil.
v
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Inverno tipo mediterrâneo
Chove lá fora.
(a rua alaga)
A cidade se declara daltônica:
eu já nem lembro do azul.
Chove ritmadamente.
Chove baixinho,
chove triste...
Mas a chuva não é um choro,
é um samba de Cartola!
E chora
E samba
E chove
Então –
então aquela convulsão
que me tirou as forças,
aquela convulsão...
Não era frio?
e nem era falta de glicose no sangue?
Era o meu corpo
ensaiando os passos de
uma bela gafieira?
Pinga o pandeiro
Chove melancolia
o vento geme quando a morena requebra molhada
Canta o azedo da vida
Chora o mar
Sinto-me t-r-e-m-e-r
Será hipotermia?
O medo do cinza?
O amor pelo samba?
Sou dançarina
ou convulsa?
Preciso urgentemente
da mais doce sobremesa.
v
(a rua alaga)
A cidade se declara daltônica:
eu já nem lembro do azul.
Chove ritmadamente.
Chove baixinho,
chove triste...
Mas a chuva não é um choro,
é um samba de Cartola!
E chora
E samba
E chove
Então –
então aquela convulsão
que me tirou as forças,
aquela convulsão...
Não era frio?
e nem era falta de glicose no sangue?
Era o meu corpo
ensaiando os passos de
uma bela gafieira?
Pinga o pandeiro
Chove melancolia
o vento geme quando a morena requebra molhada
Canta o azedo da vida
Chora o mar
Sinto-me t-r-e-m-e-r
Será hipotermia?
O medo do cinza?
O amor pelo samba?
Sou dançarina
ou convulsa?
Preciso urgentemente
da mais doce sobremesa.
v
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