terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bilhetinho pregado na porta da geladeira


Precisei ir trabalhar, mas deixei 
poemas 
espalhados pela casa:

um em cima da estante,
outro na gaveta do armário
e dois guardados na dispensa.

Estendi uns decassílabos 
no varal 
E enrolei versos livres
em seu lençol.

Ah! Não esqueça da rima que ficou 
cozinhando na panela: 
é pro almoço.

E caso eu não chegue até 
às quatro,
tem um soneto (de amor)
escondido
embaixo do tapete.

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